sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Lição 06 - A Despensa Vazia (20) - Pr Josaphat Batista Soares

Lição 06 - A Despensa Vazia (20) - Pr Josaphat Batista Soares:
COMENTÁRIOS - PR. JOSAPHAT BATISTA SOARES. COMANDO OPERACIONAL: PB. CARLOS ALBERTO
ASSEMBLEIA DE DEUS EM IBOTIRAMA/BA

INTRODUÇÃO

- Todos nós necessitamos de está com a despensa cheia, pois se nos faltar o dinheiro, com certeza, haverá despensa vazia. Por essa causa nunca devemos deixar de ser gratos ao nosso bom Deus que no seu multiforme poder sabe dispensar para nós, o melhor, para que não nos falte os recursos de nossa sobrevivência aqui na terra. 

I – DEFINIÇÃO DO TERMO

- Despensa é o lugar da casa, geralmente destinado à guarda ou armazenagem de gêneros alimentícios, entre outros produtos.  Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Devemos ter o cuidado de não confundirmos “despensa” com “dispensa”. Esse termo segundo, tem outro significado por se tratar de outra palavra quase semelhante, porém diferente:  “dispensa” s.f. Isenção de serviço, dever ou encargo; escusa; licença. Vejamos o termo sendo usado pelo escritor: A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio. (Carlos Drummond de Andrade). (O Dicionário Online de Português).

II – UM DEUS INTERESSADO NO SUPRIMENTO COTIDIANO DO HOMEM

  - Desde o jardim do Éden podemos ver isto, um Deus que disponibiliza todo o mantimento necessário para a sobrevivência do homem, isto é, não isentando o home do seu trabalho que é a sua dignidade (Gn 2:10-15).
- Na verdade, Deus fez o homem um ser social (Gn 2:18). No dilúvio salvou uma família que a partir daí povoou a terra novamente (Gn 8:16-18). Mais tarde Deus fez uma nação em um homem chamado Abrão (Gn 12:1-3). Dentro dessa Nação (Israel), o Senhor já demonstrava a necessidade de se ter uma efetiva ação social na vida sobre a face da Terra, “entre vós não haverá pobres” (Dt 15,4). No entanto,  a  lei de Moisés tinha diversos dispositivos para diminuir a desigualdade social entre os integrantes da sociedade, bem como para evitar que as camadas mais simples da população viessem, pela indigência, a sofrer além dos limites suportáveis ou, mesmo, a morrer de fome, como, por exemplo, nas regras referentes ao ano sabático (Lv.25:1-7), ao ano do jubileu (Lv.25:8-55), à respiga (Lv.19:10), ao dízimo (Nm.18:21-32; Dt.14:28,29; 26:12-15), ao salário dos trabalhadores (Lv.19:13) e ao penhor de bens essenciais à pessoa (Ex.22:26; Dt.24:6).  Em todas estas disposições, Deus mostra, claramente, que, no meio do Seu povo, deveria haver respeito às pessoas e à sua dignidade, que os homens e mulheres estavam acima dos direitos e obrigações instituídos, ainda que legitimamente e de acordo com a lei, de modo que não se toleraria uma exploração desmedida de um homem em relação a outro, nem se poderia desamparar e deixar desprotegidos os indivíduos mais vulneráveis, identificados no texto bíblico como sendo “órfãos” e “viúvas”.  Estas disposições, que nem sempre foram cumpridas pelo povo de Israel (basta ver, por exemplo, que o cativeiro da Babilônia durou 70 anos precisamente para que se cumprissem os anos sabáticos ignorados pelos israelitas durante a sua estada na Terra de Canaã – II Cr.26:21), persistem no tempo da dispensação da Igreja, vez que não decorrem da dispensação da lei, mas do próprio caráter divino, visto que Deus não muda e nEle não há sombra de variação (Ml.3:6; Tg.1:17). A Igreja, o Israel de Deus (Gl.6:16), deve seguir esta mesma linha de misericórdia e de respeito à dignidade da pessoa humana determinados por Deus ao Seu povo, visto que é participante da natureza divina, que quer que o homem, feito à Sua imagem e semelhança, tenha, na vida em sociedade, a dignidade que lhe é peculiar, que lhe foi dada por ato criativo de Deus.
A Bíblia diz : “Aqueles que permanecem surdos perante o clamor dos pobres não encontrar respostas para os seus próprios gritos (Pr 21,13), enquanto aqueles que têm misericórdia dos pobres, prosperará e tornar-se feliz (Pr 14,21, 28,8,27)”.

III – SEM DESPENSA E NO DESERTO

- A pricípio Israel ao sair do Egito não tinha nem despensa ou poderíamos chamar de: “despensa” os seus “alforjes”, chifres, vasos, etc,. Pois alí eram armazenados alguns utencílios, principalmente alimentar. Na verdade a trajetória era intensa e eles precisam caminhar em direção a terra de Canaã em que Deus prometeu, contudo, mais adiante é que o povo de Deus ao acampar em determinados lugares poderiam se valer de melhores recursos para preservar o material alimentício. O certo é, Deus providenciou o necessário para o seu povo durante toda a peregrinação (Dt 29:5), provando assim a suas características de um Deus provedor e que desde o princípio chama o que não existe a existência (Gn 1:1-4).
-  A caminhada no deserto é uma caminhada educativa. Trata-se de um aprendizado passo a passo para vencer o esquema de escravidão que entrou na vida do povo e permitir uma vida nova na liberdade. É Deus quem guia o seu povo no deserto, Ele é quem define a rota (cf. Ex 17,1). Na travessia o povo reclamou da falta de pão e de carne. Na verdade, o povo não estava morrendo de fome. O povo reclama a panela de carne do Egito, reclama o pão com fartura (cf. Nm 11,4 e Sl 78 / 77, 30). Não se tratava tanto de uma necessidade, mas uma saudade do que ficou para trás, no esquema da escravidão. Deus atende o povo, mas quer que ele aprenda uma lição.
O povo ainda duvida da presença de Deus naquela travessia. Moisés é acusado de levar o povo à morte no deserto. “No Egito, nós estávamos melhor” (Nm 11,18). Diante das murmurações pela falta de pão e carne, Deus envia o maná e as cordonizes. Promete carne ao cair da tarde e pão pela manhã. Deus alimenta seu povo como uma mãe alimenta seus filhos.
- Porém, o povo deve recolher apenas o necessário para cada dia. É o pão cotidiano. O povo deve vencer o esquema do Faraó que ainda está dentro de cada um. Precisa aprender a não acumular. A cada dia Deus fornece o pão para o seu povo. O povo é posto à prova. Quem tentava acumular via que o maná que era guardado gerava vermes e apodrecia (cf. Ex 16,20). A reserva só poderia ser feita na véspera do Dia do Senhor (o Sábado), pois, o povo livre também tem direito ao descanso (cf. Ex 16,22-30), o que não era permitido no Egito.
- O Maná recebe grande atenção neste texto. Maná é o Pão da Igualdade. Assim, quem recolhia mais, na hora de medir, tinha o mesmo tanto de quem tinha recolhido menos. Cada um tinha em mãos a porção necessária para atender à sua necessidade. Um gomor era a medida necessária para cada família (média de 4,5 litros). O Maná, um pequeno grão branco e redondo aparecia todas as manhãs. Isso aconteceu durante toda a travessia do deserto até a chegada na Terra Prometida. Aí, depois de celebrarem a Páscoa e de comerem os frutos da Terra, no dia seguinte, cessou o maná (cf. Js 5,10-12). A tendência a acumular parece morar dentro de nós. O acúmulo dá uma idéia de “segurança”. Pensamos muito em nós mesmos e pouco nos outros. A caminhada no deserto é para ensinar o povo a ter outro modo de proceder na terra prometida. Era preciso mudar cabeça, coração e atitudes. O povo estava saindo do Egito, mas era preciso também tirar o Egito da cabeça do povo. Não é sem motivos que a travessia do deserto dura 40 anos. Assim, saber partilhar, aprender a contentar-se com o necessário para cada dia, não ceder ao supérfluo é um caminho de conversão que temos de trilhar.
- Neste sentido, como está a devolução do dízimo em nossas comunidades. Temos conseguido exercer as suas três dimensões: Comunitária, Missionária e Social? Como usamos os bens que estão ao nosso alcance: mais preocupados em gerar vida ou em acumular? Não nos esqueçamos: a partilha faz vencer a fome. Vale lembrar a Verbum Domini nº 103 (...) “Deste modo o amor do próximo, radicado no amor de Deus, deve ser o nosso compromisso constante como indivíduos e como comunidade eclesial local e universal. Diz Santo Agostinho: «É fundamental compreender que a plenitude da Lei, bem como de todas as Escrituras divinas, é o amor (…). Por isso quem julga ter compreendido as Escrituras, ou pelo menos uma parte qualquer delas, mas não se empenha a construir, através da sua inteligência, este duplo amor de Deus e do próximo, demonstra que ainda não as compreendeu»”. Pergunta para o aprofundamento: O que fazer para reforçar o senso de partilha e evitar o acúmulo desenfreado em nossas comunidades?    
IV – DEUS SUPRE AS NECESSIDADES DO SEU POVO

- Dentre vários textos da bíblia, que confirmam que Deus cuida do seu povo, temos alguns em destaque e vamos apresentar:
1 – No ministério do Profeta Elias
“E os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne; como também pão e carne ao anoitecer; e bebia da torrente” (1 Rs. 17:6).
- Elias obedeceu e fez conforme a Palavra do Senhor. Em qualquer outro lugar, ele teria passado fome e sede, pois estaria fora do lugar designado por Deus.
“Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR; porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.” (1 Rs. 17:5). Vemos aqui uma maneira bem peculiar de o Senhor nos afirmar que Ele tem suas maneiras de agir e assim suprir cada uma de nossas necessidades, e que de certa forma vai exatamente contrário ao nosso "sistema".
- Quando estivermos enfrentando alguma necessidade, estejamos atentos ao que o Senhor ordenar, pois pode ser que hoje mesmo Ele nos de uma ordem e cumprindo-a estaremos abrindo a janela do agir de Deus sobre nossas vidas.
- Deus poderia ordenar aos anjos ou a outros fiéis que o serviam para levar alimento ao profeta, afinal, lá existiam sete mil que não se dobravam a Baal, todavia, enviava o suprimento, através de corvos. Isto nos parece uma maneira estranha. Mas, Deus é um Deus estranho. Aprendemos, nesta passagem bíblica, que quando obedecemos ao Senhor, a ajuda celestial pode se manifestar de maneira que não entendemos e chegar até nós de um ponto de vista até questionável. Entretanto virá sem demora.
2 – Alimentando uma multidão
(Mt 14:24).
4.13 E Jesus, ouvindo isso, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.
14.14   E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.
14.15   E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias e comprem comida para si.
14.16   Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.
14.17   Então, eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
14.18   E ele disse: Trazei-mos aqui.
14.19   Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão.
14.20   E comeram todos e saciaram-se, e levantaram dos pedaços que sobejaram doze cestos cheios.
14.21   E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças.
14.22   E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão.
14.23   E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.
14.24   E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário.
3 – Na casa da viúva
(II Reis 4:1-7)
4.1   E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
4.2   E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
4.3   Então, disse ele: Vai, pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4.4   Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
4.5   Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
4.5   Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
4.7   Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.

CONCLUSÃO

- Vale a pena servir em obediência ao nosso Deus, pois o nome dEle é “Jeová Jiré” o Deus da provisão. Ele está acima de tudo e de todos e nas aflições desta vida o crente fiel pode contar com a sua mão estendida para o abençoar. Não importa meu querido irmão o que está a passar, se vós permanecer fiel, Ele suprirá todas as vossas necessidades em Cristo Jesus, nosso Senhor! ALELUIA!
- Bibliografia

Bíblia de Estudo Plenitude do Espírito (ARC) - Dicionário Língua Portuguesa Online- Apontamentos Teológicos do Autor

Nenhum comentário:

Postar um comentário